O valor da vida.
- VILLY FOMIN
- 2 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Pergunta que aparece diante da inevitabilidade da morte: o que se leva dessa vida? Nada. Não levamos nada, mas podemos deixar muito. Que mania de sempre querer levar alguma coisa…
O que se leva dessa vida? Diante da morte questionamos a vida. O choque de se deparar com o fim tem seu valor, pois questionamos como estamos vivendo o “durante”.
O que temos? O hoje, o agora, então cuide bem dos seus passos, eles podem inspirar outros caminhantes, orientar viajantes perdidos na noite escura, embalar noites de sono.
Somos o acúmulo de ambigüidades, geramos a beleza, o horror, nossas palavras gerem esperança e também podem ferir, as opções são muitas e temos a alegria da responsabilidade, da escolha.
Você vai passar, mas pode deixar histórias para que a próxima geração seja um pouco melhor. Sua música pode ser a trilha sonora de alguém.
Um dia daremos o último suspiro, vamos deixar de existir, mas podemos continuar vivendo-nos outros. Diante da finitude humana, se concentre em deixar rastros de amor. A eternidade mora nos gestos simples, por favor, lembre disso. Nas pequenas ações deixamos nosso perfume. Quem ama vive melhor. Quem ama morre, mas continua vivendo.
Nos leitos terminais as pessoas não lamentam o carro e casa que não compraram, lamentam os afetos, os beijos e abraços que não foram dados.
"Então não posso ter bens materiais?" O problema não é ter coisas, mas colocá-las antes das pessoas. O problema não é ganhar dinheiro, mas fazer desse ganho a razão da existência. O problema não é possuir bens é ser possuído por eles.
Creio mesmo que precisamos sonhar, assim como precisamos avaliar se nossos sonhos valem o esforço necessário para que aconteçam. Cuidado com seus sonhos (desejos), eles podem se tornar realidade e transformar sua vida num pesadelo. Não deixe de sonhar e nem de questionar seus desejos.
Eternize instantes em seu coração, priorize os afetos. Nada é mais importante que as estréias dos filhos, os primeiros passos, o tombo na bicicleta, o joelho ralado, o primeiro “fora".

Arranje qualquer desculpa para desmarcar algo importante para assistir o pôr do sol ao lado de quem você ama. A vida é curta demais para ser vivida apenas com eventos importantes, é preciso ter espaço para viver espetáculos.
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