Apego
- VILLY FOMIN
- 28 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
A felicidade é uma busca, de cara dá pra afirmar que é algo que nos falta caso contrário seríamos tolos em buscar algo que já possuímos. Não precisa desesperar pois isso acontece com todos nós!
Devido a lógica de consumo e aquisição, partimos do princípio de que para ser feliz precisamos adquirir, comprar, ter mais. Será? Já parou pra pensar que a felicidade, a tão sonhada paz de espírito, a essencial saúde mental podem atreladas em deixar de ter? Jogar fora ao invés de acumular? Você teria disposição de questionar coisas que você elegeu como essenciais e que a partir de um olhar crítico podem ser consideradas fúteis ou até mesmo tóxicas? Já parou pra pensar que algumas coisas que entraram em sua vida para impulsionar podem ser o freio de mão puxado que está fazendo você se arrastar?
Nada como uma boa história para jogar luz em nossos exercícios mentais:
“Algumas tribos africanas utilizam um engenhoso método para capturar macacos. Como estes são muito espertos e vivem saltando nos galhos mais altos das árvores, os nativos desenvolveram o seguinte sistema: pegam uma cumbuca de boca estreita e colocam dentro dela uma banana.
Em seguida, amarram-na ao tronco de uma árvore freqüentada por macacos, afastam-se e esperam. Após isso, um macaco curioso desce, olha dentro da cumbuca e vê a banana. Enfia sua mão, apanha a fruta, mas como a boca do recipiente é muito estreita, ele não consegue retirar a banana.
Surge um dilema: se largar a banana, sua mão sai e ele pode ir embora livremente, caso contrário, continua preso na armadilha. Depois de um tempo, os nativos voltam e tranqüilamente capturam os macacos que teimosamente se recusam a largar as bananas.”
A questão não é se apegar mas onde está o apego. “Você precisa ter foco”, é verdade mas a responsabilidade não para por aí, é preciso ver se meu foco está produzindo vida ou peso.
Conselho de Hipócrates que pode ajudar em nossas buscas: : "Antes de curar alguém pergunta-lhe se está disposto a se abster das coisas que a fizeram adoecer".
© VILLY FOMIN I Psicanalista Clínico

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